
Maio de 2021 se tornou o mês mais letal da pandemia da Covid-19 em Sergipe. O estado registrou o novo recorde mensal de óbitos, fechando o mês com 817 mortes. O recorde anterior tinha sido o mês de abril deste ano, com 773 vidas perdidas para a doença.
O quinto mês do ano soma 44 óbitos a mais em relação ao mês anterior. Para o professor de Imunologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Diego Moura Tanajura, esse cenário epidemiológico comprova a característica mais duradoura da segunda onda da pandemia, em consequência da relação entre o comportamento de risco das pessoas, a chegada de novas variantes, e o estágio do processo de vacinação.
“A segunda onda, que está sendo mais duradoura e letal, pode ser explicada pelo comportamento de risco da população, no qual boa parte perdeu o ‘medo’ do vírus no momento mais crítico da pandemia, relaxando nas medidas de cuidado; a falta de políticas públicas organizadas e centralizadas de combate ao vírus por meio do Ministério da Saúde, o surgimento de novas variantes, como a P.1, que chega a ser 2.4 vezes mais transmissível; e o processo lento de vacinação que ocorre no nosso país”, disse.