Vereador de Aracaju é um dos indiciados em operação da Polícia Civil
Sávio Neto de Vardo da Lotérica (PSC) — Foto: Gilton Rosas

O vereador de Aracaju José Sávio Gois Silva, conhecido como Sávio Neto de Vardo da Lotérica (PSC), foi indiciado por porte ilegal de arma após investigações realizadas durante a Operação Underground, da Polícia Civil, que resultou no indiciamento de outras seis pessoas em Sergipe. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (25), pela defesa do político.

📱 NOTÍCIAS: faça parte do canal do SERGIPE HOJE no WhatsApp.

A operação contra a comercialização ilegal de armas de fogo, munições e acessórios na cidade de Itabaiana aconteceu no dia 11 de maio. Na ocasião, a casa do vereador foi alvo de busca e apreensão. Seis dias depois, ele prestou depoimento na sede do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), onde afirmou que não tinha envolvimento com o esquema, e a única arma que possuía era legalizada.

“Ele foi indiciado por porte ilegal de armas. Um porte sem apreensão do objeto, não houve nenhuma apreensão de armas, portanto é um indiciamento que nos deixa muito tranquilos para enfrentar no Judiciário, que é o palco adequado para a discussão do processo, continuamos com tranquilidade. O vereador vai continuar as suas atividades normalmente na Câmara e vamos aguardar os próximos passos”, explicou o advogado, Aurélio Belém, à reportagem da TV Sergipe.

Entenda

A operação prendeu sete investigados, entre eles um policial militar. Também apreendeu 14 armas de fogo e centenas de munições. Segundo a polícia, um jogador de futebol, que não teve o nome divulgado, também é um dos investigados.

A ação foi realizada nas cidades sergipanas de Aracaju, Itabaiana, Ribeirópolis, Nossa Senhora Aparecida, Canindé de São Francisco, Areia Branca, Neópolis, e em Ibotirama, na Bahia.

De acordo com as investigações, o grupo fazia uso de armamento de grosso calibre, associado a servidores públicos, inclusive policiais e políticos, com o objetivo de praticar crimes e garantir a impunidade, com a utilização de informações privilegiadas para obter lucro e poder criminoso.

Os anúncios e comercialização dos materiais bélicos se davam, principalmente, através do aplicativo de mensagens, com negociações de preços e envio de comprovantes de depósitos das transações.

Ainda de acordo com a apuração policial, um dos investigados chegou a movimentar para a organização criminosa cerca de R$ 150 mil comercializando cerca de 23 armas de fogo. Há indícios de que os investigados atraiam pessoas para adquirir, legalmente, armas de fogo e munições, as quais eram vendidas de maneira ilícita.