O caso chegou a público após algumas vítimas começarem a postar o ocorrido nas redes sociais. A partir daí, mais pessoas identificaram o suspeito e perceberam que tudo era um golpe.
De acordo com o advogado de acusação, Adir Machado, o golpe funcionava semelhante à pirâmide financeira. O suspeito solicitava o investimento e prometia um cashback (valor devolvido) que podia chegar até 60% do valor aplicado. O advogado explicou, ainda, que o suspeito, na maioria das vezes, escolhia pessoas conhecidas.
Uma das vítimas, que prefere não ser identificar, explica como tudo aconteceu.
“É um menino que eu vi crescer, que confiava demais. Já estava rolando há um tempo, mas eu não tinha como investir. Vi que pessoas mais próximas conseguiu ter retorno e diziam ‘enquanto você não tem, eu já estou tendo retorno’, então eu tinha que dar um jeito. Liberei um limite no cartão, que podia passar nele. Aí eu disse: passando esse valor quanto você me dá de retorno? Ele disse que, normalmente, está 30%, 25%, que chega até 50%”, detalha.
Desconfiada do valor, ela começou a interrogar ele, mas como pessoas próximas tiveram bons resultados, decidiu investir.
“Eu disse: mas se eu repassar esse valor, o que é que você ganha com isso? Ele disse ‘eu já ganho em geral porque eu tenho metas pra atingir diária. Tenho uma empresa, tenho meus funcionários […] se eu atingir a meta diária, eu já estou recebendo, então eu posso te dar uns 50%'”, conta a mulher.
A Secretaria de Segurança Pública disse que já recebeu as denúncias e um inquérito será instaurado para apurar o caso.
Fonte: A8SE
