A jornalista e colunista de política Cristiana Lôbo morreu nesta quinta-feira (11), em decorrência de um mieloma múltiplo, do qual se tratava havia alguns anos. A doença foi agravada por uma pneumonia contraída nos últimos dias.
Ela tinha 64 anos e estava internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Deixa o marido, Murilo, dois filhos, Gustavo e Bárbara, e dois netos, Antônio e Miguel.
Cristiana Lôbo atuou no jornalismo por mais de 30 anos. Começou a carreira cobrindo a política do estado de Goiás, onde nasceu, até se mudar para Brasília.
Contratada pelo jornal “O Globo”, foi setorista do Ministério da Saúde – época em que viu ser criada a carteira de vacinação, que ajudou a diminuir a mortalidade infantil no país. Acompanhou de perto também as decisões do Ministério da Educação.
Ainda em “O Globo”, trabalhou na coluna Panorama Político. Depois de 13 anos no jornal, assumiu a coluna política do jornal “O Estado de S. Paulo”.
A estreia na televisão foi na GloboNews, em março de 1997.
Naquele mês, passou a integrar o time de comentaristas do Jornal das Dez – analisando os principais fatos da política e os bastidores do poder. E marcou presença nos telejornais da casa.
Comandou também o programa Fatos e Versões e a coluna Bastidores da Política, no g1.
Memória
Ao site Memória Globo, Cristiana relembrou momentos marcantes de sua carreira.
Um dos períodos mais intensos citados por ela foi a cobertura da campanha Diretas Já, em 1984, que pedia a reabertura democrática no país, depois de duas décadas de ditadura militar.
“Naquele tempo, não existia celular, nem internet, a única coisa que havia era um telefone que você apertava e a redação ouvia. Eles pediam 15 linhas, e a gente tinha de fazer o retrato daquele momento”, recordou Cristiana.
Por G1