Falha no sistema elétrico do compensador pode ter causado queda de aeronave em manguezal de Aracaju, aponta Cenipa

O acidente ocorreu em maio deste ano e vitimou o piloto, Adriano Leon, de 32 anos.

Por - Aracaju

[caption id="attachment_6129" align="aligncenter" width="700"] Bombeiros fazem busca em mangue onde avião caiu — Foto: Joelma Gonçalves/G1[/caption] Uma falha no sistema elétrico do compensador pode ter sido a causa da queda da aeronave que caiu no manguezal do Bairro Coroa do Meio,...
Falha no sistema elétrico do compensador pode ter causado queda de aeronave em manguezal de Aracaju, aponta Cenipa

Bombeiros fazem busca em mangue onde avião caiu — Foto: Joelma Gonçalves/G1

Uma falha no sistema elétrico do compensador pode ter sido a causa da queda da aeronave que caiu no manguezal do Bairro Coroa do Meio, na Zona Sul de Aracaju, em maio deste ano, e vitimou o piloto Adriano Leon, de 32 anos, que estava sozinho. Ele havia decolado do Aeroporto Santa Maria, com destino ao município de Unaí (MG).

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O relatório final foi concluído pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) no dia 12 de novembro informando os detalhes do acidente.

De acordo com o estudo, o problema foi causado, possivelmente, por um contato acidental dos cabos condutores com a estrutura do manche. Esse contato pode provocar o acionamento involuntário do relé do trim, travando-o na posição de cabrado ou picado. Se a aeronave estiver em alta velocidade e ocorrer pane, o piloto terá pouco tempo para identificar e eliminar a causa do problema.

Falha no sistema elétrico do compensador pode ter causado queda de aeronave em manguezal de Aracaju, aponta Cenipa

Bombeiros fazem busca em mangue onde avião caiu — Foto: Joelma Gonçalves/G1/Arquivo

O acidente

No dia do acidente, cerca de quatro minutos após dar partida no motor da aeronave, o piloto solicitou à Torre Aracaju o retorno ao pátio de estacionamento, em virtude de uma pane no painel da aeronave. Aproximadamente um minuto após ter recebido a autorização solicitada, ele relatou a solução do problema e solicitou o reinício de táxi. A decolagem foi autorizada e a aeronave iniciou a corrida.

Cerca de três minutos depois, o piloto reportou à torre que retornaria ao aeroporto, o que foi autorizado de imediato. O tripulante relatou, ainda, que havia “perdido” o compensador. A aeronave abandonou a reta de decolagem e iniciou uma curva para retorno. Próximo ao pouso, a aproximadamente 900 metros da cabeceira e cerca de um minuto e vinte segundos depois de o piloto haver informado o retorno ao aeroporto, a aeronave caiu no manguezal.

Aeronave amadora

O relatório aponta ainda que o piloto estava certificado, era habilitado, estava qualificado e possuía experiência nesse tipo de voo.

Já a aeronave, de fabricação amadora, estava dentro das conformidades de peso e balanceamento. As escriturações das cadernetas de célula, motor e hélice não foram localizadas.

Relembre

Um avião monomotor caiu por volta das 11h40 do dia 6 de maio em uma região de manguezal e afundou cerca de dois metros no manguezal da Zona Sul da capital sergipana. Aproximadamente uma tonelada da fuselagem foi recolhida.

O corpo da vítima foi localizado cerca de três dias depois da queda. Próximo ao local também foram encontrados o motor e partes da aeronave. Dois dias antes, o braço direito da vítima havia sido encontrado e através de exames de DNA foi comprovada a identidade do piloto.

Adriano Leon fez faculdade de ciências aeronáuticas em Belo Horizonte (MG). Ele deixou uma esposa grávida.

Por G1 SE