Casal morre após consumir solvente comprado como óleo de semente de abóbora
Casal morreu após ingerir solvente acreditando ser óleo de semente de abóbora — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Com o resultado da perícia nesta terça-feira (6/7), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) concluiu o inquérito que investigava a morte de Rosineide e Willis Oliveira. O casal foi vítima de uma intoxicação por Dietilenoglicol, um solvente industrial, que estava em um suposto óleo de semente de abóbora consumido após compra na internet.

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Casal morre após consumir solvente comprado como óleo de semente de abóbora
Suposto óleo de semente de abóbora era vendido pela internet — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O solvente foi o mesmo que matou 10 pessoas no começo de 2020 ao ser misturado com a cerveja Belorinzontina, da Backer, em Minas Gerais. O casal foi internado ainda em fevereiro deste ano, a mulher morreu no dia 15 do mesmo mês e o homem em 16 de março.

A polícia começou a investigar as causas da morte do casal — sob o comando de Rodrigo Rosa, delegado do 12º Distrito Policial da Serra — após o filho deles suspeitar do óleo de semente de abóbora. “Fizemos um laudo preliminar e constatamos que não era óleo de semente de abóbora. Em buscas na sede da empresa desse suspeito, o que encontramos foi um local improvisado, com produtos armazenados, inclusive, ao lado de um vaso sanitário. Ele usava óleo de girassol com corantes e saborizantes”, detalhou Rosa ao portal G1.

Casal morre após consumir solvente comprado como óleo de semente de abóbora
Polícia encontrou produtos armazenados ao lado de vaso sanitário na sede da empresa que produzia o óleo — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Prisão

Segundo as investigações, o homem responsável pelo óleo de semente de abóbora tóxico foi preso por estelionato, crime contra a ordem econômica, falsificação de produto terapêutico e agora por homicídio culposo. Ele tem 34 anos e não teve a identidade revelada pela polícia.

Para chegar até o homem que vendia os supostos óleos de semente de abóbora na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, a PCES fez uma operação conjunta com a Polícia Civil de São Paulo (PCSP).

De acordo com a perita criminal que fez a análise do produto, Daniela de Paula, a substância ingerida pelo casal não tinha nada de óleo vegetal, além de ter uma quantidade de dietilenoglicol 130 vezes maior do que o suportado por um adulto por via oral. O solvente causa casos graves de insuficiência renal e hepática, que podem levar até a morte.

Casal morre após consumir solvente comprado como óleo de semente de abóbora
Fábrica onde suposto óleo de semente de abóbora era produzida – (crédito: Divulgação/Polícia Civil)

Por Correio Braziliense