Motorista de ambulância do Samu vazou fotos de médica encontrada morta em presídio de Sergipe, diz SSP

Daniele Barreto, de 46 anos, foi encontrada morta dentro de uma cela horas depois de retornar para presídio. Ela havia ficado internada em clínica psiquiatra por oito dias.

Por g1 SE - Aracaju

O condutor de uma ambulância do Samu foi responsável por vazar fotos da médica Daniele Barreto, de 46 anos, que foi encontrada morta dentro do Presídio Feminino no dia 9 de setembro. Ela era acusada de envolvimento na morte do marido José Lael. Segundo a SSP, após os registros, as imagens foram compartilhadas pelo autor com pessoas próximas a ele e, posteriormente, disseminadas em larga escala. O autor das fotos poderá ser indiciado pelo crime de vilipêndio a cadáver, previsto no Código Penal.
Motorista de ambulância do Samu vazou fotos de médica encontrada morta em presídio de Sergipe, diz SSP
Médica Daniele Barreto — Foto: Rafael Carvalho/ TV Sergipe

O motorista de uma ambulância do Samu foi responsável por vazar fotos da médica Daniele Barreto, de 46 anos, que foi encontrada morta dentro do Presídio Feminino no último dia nove. A informação foi divulgada, nesta terça-feira (16), pela Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP). Ela era acusada de envolvimento na morte do marido José Lael.

Segundo a SSP, após os registros, as imagens foram compartilhadas pelo autor com pessoas próximas a ele e, posteriormente, disseminadas em larga escala. As informações foram confirmadas em depoimentos prestados pelo investigado e por outros profissionais do Samu.

O autor das fotos poderá ser indiciado pelo crime de vilipêndio de cadáver, previsto no Código Penal. A SSP disse ainda que as investigações sobre o caso continuam.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou que o profissional é servidor do estado e disse que abriu um processo administrativo para apuração do caso e adoção das medidas cabíveis. O profissional não foi afastado das funções.

A SES afirmou também que repudia qualquer conduta incompatível com os princípios das normativas que são claras e coíbem esse tipo de ação.

O corpo de Daniele foi encontrado horas depois que ela retornou ao presídio, após passar por uma audiência de custódia. Na ocasião, foi definido que ela teria acompanhamento médico no presídio, após a defesa alegar que a médica possuía Transtorno de Personalidade Borderline (TPB).

Antes da audiência, ela ficou internada oito dias em uma clínica psiquiátrica. O motivo não foi divulgado. A prisão domiciliar da médica foi revogada pelo STF no fim do mês de agosto, pois mesmo tendo direito à prisão domiciliar, por ter um filho menor de 12 anos, a guarda da criança está com os avós paternos.

Morte no presídio

Segundo a secretária de Justiça, Viviane Pessoa, quando Daniele ingressou no presídio, passou por uma equipe de enfermagem e depois foi levada a uma cela individual, como processo de adaptação. “Foi tudo muito rápido. No momento dela ser levada ao advogado a equipe a encontrou desfalecida”, explicou.

A secretária falou que nos quatro meses anteriores que a médica esteve como interna do presídio feminino, não apresentou indícios de surtos. Ela também explicou como funciona o atendimento médico prestado às internas:

“A gente fornece tudo o que é necessário ao interno. Então se chega uma receita médica indicando a medicação, essa medicação é fornecida. Se há a necessidade de um atendimento, esse atendimento é feito. Tanto é feito atendimento dentro do sistema prisional como fora”, disse Viviane.