A banda Calcinha Preta decidiu que vai pagar pensão vitalícia ao pai de Paulinha Abelha, o Gilson, conhecido como Seu Abelha. A cantora faleceu no dia 23 de fevereiro e ela era a responsável por cuidar do pai, idoso de 66 anos que sofre de Alzheimer.
Por conta da doença, Seu Abelha necessita de um tratamento de home care. Ele reside na casa que era da cantora, em Aracaju, com o viúvo da Paulinha, o Clevinho Santos, que cuida do sogro.
De acordo com o empresário da banda, Diassis Marques, a família de Paulinha recebeu bem o gesto. “A família não esperava menos que isso, é o mínimo que a gente pode fazer levando em consideração a relação que nós tínhamos com Paulinha e a família dela. O pai já esta sendo assistido desde o mês passado”, detalha.
Em vida, a eterna Abelha partilhava diversos momentos ao lado do pai nas redes sociais. Em uma das últimas publicações, ela escreveu para ele: “meu parceiro de vida, meu primeiro amor, meu fã numero um, meu melhor amigo, meu pai”.
Nesta quinta-feira (24) uma missa será realizada a um mês da morte de Paulinha Abelha, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Orlando Dantas, em Aracaju, às 18h.
Internação após mal-estar em turnê
Paulinha foi hospitalizada no dia 11 de fevereiro após sentir um mal-estar e retornar de uma turnê com a banda em São Paulo.
Com diagnóstico de insuficiência renal aguda, o quadro evoluiu para hepatite, coma profundo e agravamento de lesões neurológicas, que ocasionaram em um comprometimento multissistêmico. Os médicos responsáveis pelo acompanhamento suspeitavam que o possível uso excessivo de tratamentos estéticos, como chás diuréticos e remédios para emagrecer, provocaram uma intoxicação medicamentosa pelo corpo.
Biopsia
A certidão de óbito da artista sergipana, registrada no dia 23 de fevereiro, apontou quatro causas da morte: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.
Carreira
Natural de Simão Dias, Paula de Menezes Nascimento Leça Viana, conhecida como Paulinha Abelha, nasceu em 1978 e iniciou a carreira artística com apenas 12 anos em trios elétricos pela região.
Desde criança esbanjava simpatia em concursos escolares e cantava no coral da igreja. Ela teve passagens por bandas sergipanas de forró, como Flor de Mel, Furação e Panela de Barro, onde conheceu o cantor Daniel Diau.
Em 1998, teve o talento reconhecido pelo empresário e diretor da banda Calcinha Preta, Gilton Andrade. Com a banda, um dos grupos de forró eletrônico de maior sucesso no Brasil, gravou músicas como Baby Doll, Armadilha, Abra o Meu Coração e Louca Por Ti, tendo a sensualidade como uma de suas características marcantes. Entre idas e vindas, a cantora ficou na banda por 17 anos.
Por A8SE