
Sergipe registrou uma alta incidência da variante brasileira P1, após o sequenciamento genético realizado em amostras com alta carga viral para diagnóstico da Covid-19. A informação consta no quarto Boletim Genômico produzido pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen).
Segundo o Lacen, cenário atual de Sergipe confirma a detecção de 12 linhagens do coronavírus, as mesmas do restante do Brasil: P.1; P.2; B.1 e B.1.1.33, sendo encontradas duas variantes de interesse em circulação, a Gamma (brasileira) e a Alfa (britânica).
A pesquisa teve como base amostras coletadas no período de 12 de março a 31 de maio, em 325 indivíduos na faixa etária de 11 meses a 99 anos, residentes em 27 dos 75 municípios de Sergipe. Para a análise foi utilizado o critério de pessoas que apresentaram elevada carga viral nos testes RT-PCR em tempo real, incluindo pacientes internados, além de considerar os atuais indicadores epidemiológicos.
“Realizamos a elaboração do boletim genômico de Sergipe com base principalmente no relatório de sequenciamento genético das amostras encaminhadas para o laboratório de Vírus Respiratório da Fiocruz/RJ”, explicou o superintendente do Lacen, farmacêutico bioquímico Cliomar Alves
A principal finalidade da pesquisa foi, de acordo com a biomédica Aline Marinho, detectar com mais agilidade a presença de mutações entre as variantes de preocupação, em circulação no estado. “Esse estudo orienta as medidas de controle da doença adotada pelos gestores”, disse.
O trabalho de vigilância laboratorial monitora ainda casos suspeitos de variantes de interesse do novo coronavirus. “Recentemente encaminhamos para Fiocruz a amostra de uma mulher que havia chegado do Reino Unido e das pessoas próximas a ela. Ainda estamos aguardando os resultados do sequenciamento genético da Fiocruz”, informou Cliomar Alves.
De acordo com dados do sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), no primeiro semestre de 2021, o Lacen cadastrou 261.747 exames para diagnóstico da Covid-19, e 133.934, apresentaram resultado detectável. Em junho a unidade cadastrou uma média diária de 1.568 amostras, fechando o mês com 45.327 amostras, destas 19.776 foram detectáveis.
Por G1 SE