Governo de Sergipe justifica mudança no toque de recolher

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A redução do período de toque de recolher em Sergipe, que agora passa a ser das 22h às 05h, pegou muita gente de surpresa. Desde que a informação foi confirmada pelo Governo do Estado, no início da tarde desta quinta-feira, 15, uma chuva de críticas tem tomado conta das redes sociais do Governo.

O anúncio foi tomado como surpresa porque a taxa de ocupação dos leitos de UTI continua próxima dos 100% e a média de óbitos ainda está alta. O Governo, no entanto, tem uma explicação para a mudança.

Em entrevista nesta quinta-feira, o superintendente Especial de Comunicação, Gilvaldo Ricardo, disse que a aglomeração de passageiros no transporte público foi o principal motivo do recuo do toque de recolher. “A mudança no horário deve-se principalmente a questão do transporte coletivo. Nós e o Comitê Técnico-Científico observamos que as todas as pessoas estavam indo para casa praticamente ao mesmo tempo, o que estava causando impacto no transporte coletivo. Como a Prefeitura (de Aracaju) flexibilizou o horário da entrada das casas comerciais, a mudança no toque de recolher dá espaço para que as pessoas se desloquem para suas casas sem pressa”, explica.

Givaldo informou que outro ponto levado em consideração para alterar o horário do toque de recolher foi a avaliação dos números da pandemia. “Há nesse momento estabilidade (dos números), mas estabilidade com números altos. Ainda há alta ocupação em leitos de UTI, alta taxa de óbitos, embora estável, e também taxa de contágio alta. O que se observa é que com o toque de recolher, houve essa estabilidade dos números. Eles pararam de crescer de forma desenfreada”, registra.

As medidas anunciadas hoje entram em vigor a partir desta sexta-feira, 16, com a publicação do decreto no Diário Oficial. A próxima reunião do Governo para avaliar novas medidas acontecerá em uma semana, na quinta-feira, 22 de abril. Até lá, o governador Belivaldo Chagas deve se reunir com prefeitos do interior sergipano e secretários de saúde para alinhar medidas que vão desde a fiscalização das medidas restritivas a métodos que permitam mais agilidade no processo de vacinação.

Por FanF1.com.br