Representantes da Polícia Civil do Estado de Sergipe vieram à Paraíba nesta sexta-feira (19) para participar de uma reunião com a Delegacia-Geral da Polícia Civil da Paraíba. O objetivo foi repassar informações e contribuir com as investigações sobre a operação realizada por policiais sergipanos no interior da Paraíba, que resultou na morte de um advogado. O caso ocorreu na última quarta-feira (17), na cidade de Santa Luzia, a 262 quilômetros de João Pessoa.
Entre os representantes da Polícia Civil do Sergipe estava o delegado-geral da corporação, Thiago de Oliveira. Ele explicou que equipes do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil de Sergipe (Denarc) estavam em território paraibano para prender um grupo criminoso que atua no roubo de cargas e no tráfico de drogas em Sergipe e que havia se refugiado na Paraíba.
“Essa equipe estava em missão há 15 dias, cumprindo mandados de prisão decretados pela justiça, em várias regiões do Nordeste. E não havia previsão que essa operação fosse terminar na Paraíba e sim no Rio Grande do Norte. Mas, por ser uma região de divisa, e por conta de informações que alguns foragidos estavam escondidos na Paraíba, a equipe resolveu se deslocar para a Paraíba para cumprir os mandados de prisão”, informou o delegado.
No entanto, ao chegar nas imediações de Santa Luzia, os policiais de Sergipe se depararam com um homem a bordo de um veículo e portando arma de fogo. Eles reagiram e atingiram o condutor do veículo, que foi socorrido, mas morreu. Uma pistola foi encontrada com ele.
O delegado-geral de Sergipe destacou que os policiais envolvidos integram uma equipe que já atuou em várias operações de grande complexidade e foram responsáveis por prisões de criminosos de alta periculosidade. Apesar disso, lamentou o desfecho da operação em Santa Luzia e afirmou que a situação será devidamente investigada, seguindo a lei.
“Nosso objetivo é esclarecer e dar transparência aos fatos e colaborar totalmente com as investigações, para dar todas as respostas à sociedade”, afirmou Thiago de Oliveira.
O delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, Isaías Gualberto, destacou que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da cidade de Patos (PB), que já apreendeu veículo e a arma que estava com a vítima, além do armamento usado pelos policiais. Também solicitou perícias, iniciou oitivas dos envolvidos e nomeou um delegado em caráter especial para atuar no caso.
O prazo para conclusão das investigações é de 30 dias, podendo ser prorrogado por necessidade dos trabalhos.
Polícia Civil da Paraíba