Concursandos denunciam falhas e cobranças irregulares no Teste de Aptidão Física em Concurso da PM de Sergipe
A assessoria da PM informou que a aplicação do TAF foi marcada pela organização e pelo uso de tecnologia para garantir transparência e equidade (Foto: SSP)

Candidatos que participam do concurso público da Polícia Militar de Sergipe (PMSE) estão denunciando supostas irregularidades na aplicação do Teste de Aptidão Física (TAF), etapa realizada entre os dias 27 e 30 de abril.

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Segundo relatos enviados ao Portal Infonet e amplamente compartilhados nas redes sociais, os participantes afirmam que estão sendo submetidos a critérios que não constam no edital oficial do certame, além de enfrentarem falhas na contagem de repetições e exigências acima do estipulado.

Uma das denunciantes, que preferiu não se identificar, afirmou que, em alguns casos, os avaliadores informam que o candidato foi considerado “apto”, mas posteriormente um coordenador desconsidera a aprovação, exigindo repetições extras além do que está previsto. “A pessoa cumpre o que o edital pede, mas é obrigada a repetir mais vezes. Quando não consegue, acaba reprovada”, relatou.

Entre os exemplos citados, destaca-se o exercício de barra fixa, que exige cinco repetições para candidatos do sexo masculino, conforme o edital. Entretanto, há casos de concursandos realizando até oito repetições e, mesmo assim, sendo reprovados. Situação semelhante ocorre nas flexões de braço, com denúncias de candidatos que realizaram mais de 30 repetições, mas tiveram apenas 20 validadas, sem explicações claras.

Outro ponto criticado é a ausência de padronização nas avaliações. “Cada avaliador interpreta de uma forma diferente, sem base no que está no edital. Isso prejudica quem se preparou corretamente”, desabafou a candidata.

Além dos critérios subjetivos, os participantes também apontam o possível descumprimento da Lei Ordinária nº 9.537/2024, que proíbe a realização do TAF entre 10h e 16h no estado de Sergipe. Apesar disso, há denúncias de testes começando às 09h56, com a etapa de corrida — de 12 minutos — seguida por flexões e abdominais, prolongando a atividade para além do limite legal permitido.

Os candidatos pedem que as autoridades responsáveis investiguem as denúncias e garantam a lisura do processo seletivo, que é porta de entrada para a carreira na segurança pública do estado.