Aplicativo desenvolvido por grupo de meninas no Centro de Excelência João Costa trabalha o protagonismo feminino
Fotos: Artur Dias

No Centro de Excelência João Costa, na capital sergipana, um grupo composto por cinco alunas da 2ª série do ensino médio está desenvolvendo um aplicativo voltado para a filantropia. As estudantes Jéssica Karolaine, Anne Yasmin, Clara Sofia, Tháfny Matos e Jamile Vitória são as responsáveis pelo projeto, que ainda está nas fases iniciais.

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A ideia do projeto surgiu após uma palestra realizada pelo Projeto Technovation Girls Brasil, que busca desenvolver iniciativas trabalhando a tecnologia com meninas entre os 8 e 18 anos de idade. A partir dessa palestra, as estudantes se sentiram animadas com a ideia de desenvolver um aplicativo, e após conversas, decidiram criar o ‘Solidartech’, no português, tecnologia solidária.

A ideia do aplicativo é trazer para as pessoas maneiras de ajudar instituições por meio da doação de recursos, mas também de outras formas, como o trabalho voluntário. O aplicativo dá um meio mais acessível de o usuário encontrar essas instituições e poder contribuir com elas.

O aplicativo surge da dificuldade de encontrar essas instituições carentes, problema pelo qual a estudante Jamile Vitória passou. “Eu pensei em ajudar outras pessoas nessa mesma situação. Foi quando nós nos juntamos para formular essa ideia, aí começamos a construir e adaptar. Ainda estamos nas fases iniciais do projeto, mas ele já saiu do papel”, adiciona a jovem.

A palestra serviu como um estopim para que as meninas desenvolvessem um projeto em uma área pela qual elas já se interessavam previamente. Após terem a chance de desenvolver um projeto que ajudasse a sociedade, mas que também desenvolvesse o empoderamento delas em um segmento fortemente dominado por homens, as meninas se sentiram motivadas a trabalhar.

Para Jéssica Karolaine, além de trabalhar o próprio protagonismo e empoderamento, o projeto incentiva outras meninas a participarem de mais eventos e iniciativas como essa, ou em qualquer área que for do seu gosto. “Me senti mais inspirada quando vi as meninas nos anos anteriores. Por ver que elas tiveram essa oportunidade de vencer esse prêmio, nós nos sentimos mais inspiradas em desenvolver um projeto como o ‘Solidartech’, que tem seu impacto na sociedade e no protagonismo feminino”, conta Jéssica.

A coordenadora pedagógica Margareth Cristóvão reafirma a importância de a escola fornecer aos jovens a oportunidade de participarem em programas que estimulem o protagonismo. “Esse projeto incentiva muito esse protagonismo feminino, dá às meninas a noção de que elas têm capacidade e controle para desenvolver um produto como o aplicativo delas”, acrescenta.

Technovation Girls Brasil

O Technovation Girls Brasil é um projeto que desafia meninas entre 8 e 18 anos de idade a criar, desenvolver e lançar um aplicativo ou projeto que resolva problemas em suas comunidades. Ao longo do prazo de 12 semanas, elas trabalham em times para desenvolver um plano de negócios e o aplicativo. Durante o processo, as meninas passam da identificação do problema para a geração de ideias a fim de solucioná-lo até a elaboração do plano de negócios, desenvolvimento do produto digital no mercado e a apresentação para investidores.