O pente-fino realizado pelo governo federal nos beneficiários do Bolsa Família vai excluir 1,55 milhão de pessoas do programa ainda em março. A informação foi confirmada ao R7 pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, nesta sexta-feira (24).
Segundo o ministro, as exclusões recaem sobre beneficiários que recebem os recursos de forma indevida. A estimativa é que, dos 21,8 milhões de contemplados, ao menos 2,5 milhões não deveriam estar recebendo os valores, porque “não preenchem os requisitos e estão [incluídos no programa] indevidamente”, antecipou Dias, em entrevista exclusiva à Record TV, à Record News e ao R7, em 9 de fevereiro.
Dias explicou que as fraudes ocorreram devido à inclusão de diversos membros da mesma família no banco de dados. “Houve fracionamento de famílias, com diferentes cadastrados. Agora, com o novo Bolsa Família, vamos fazer a união [dos dados], para voltar a trabalhar com os objetivos do programa”, declarou.
Atualmente, os inscritos recebem R$ 600, valor garantido pela aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do estouro. O novo formato do Bolsa Família será lançado em março, com o pagamento de R$ 150 a mais a famílias com crianças de até 6 anos.
Para isso, os beneficiários deverão agendar atendimento em uma das 12 mil unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) espalhadas pelo país. A partir da atualização de documentos, haverá o cruzamento dos dados com outras bases, como o Cadastro Único, a Caixa e a Previdência Social, além de informações dos municípios.
Fonte: Bruna Lima, do R7, em Brasília