Em entrevista ao programa Sergipe Verdade, da rádio SIM FM, nesta terça-feira, 30, o delegado da Polícia Federal em Sergipe, Aldo Amorim, que responde pela repressão de crimes fazendários, forneceu um panorama sobre o andamento da Operação Palude 2, deflagrada com o objetivo de coletar provas sobre uma organização criminosa envolvida no desvio de recursos públicos.
“A operação Palude teve início no ano de 2020 e possuía um objeto bastante específico que era identificar, analisar e investigar possíveis irregularidades detectadas pela Controladoria Geral da União relativas a dois contratos de prestação de serviço firmados pela Prefeitura de Pacatuba. Esses contratos possuíam como objeto a desinfecção de ruas, espaços públicos, prédios privados de grande circulação visando o combate a Covid-19”, explicou.
A operação Palude 1 evidenciou a ocorrência de fraudes nos procedimentos licitatórios e desvio de recursos públicos. E dessa forma, a Palude 2 buscou investigar a organização criminosa principal envolvida na ocorrência. Por conseguinte, o delegado afirma que a segunda fase da Palude 2 visa a indicação e retomada do patrimônio dos criminosos para que ele sirva como ressarcimento para os municípios lesados.
“O montante aproximado de recursos públicos desviados nos três estados gira em torno de R$ 21,5 milhões de reais. Esse patrimônio foi quase todo identificado em nome de terceiros e estão sendo descobertas novas empresas e outros imóveis pertencentes a esse grupo, todo esse patrimônio será arrecadado para o abastecimento dos cofres públicos”, completou Aldo Amorim.
Com a operação foram representados 47 pedidos de busca e apreensão, e destes, 46 foram cumpridos. Outros 61 pedidos de sequestro de bens foram deferidos e implementados. Com relação a prisões preventivas, foram representadas 9 e 7 cumpridas.
“A PF manteve a prisão dessas pessoas em audiência de custódia, então eles continuam no sistema prisional dirigido a manutenção cautelar de pessoas presas”, finalizou.
Fonte: FanF1