A 2ª Vara da Justiça do Trabalho de Aracaju decretou a ilegalidade da greve de parte dos trabalhadores do Grupo Progresso, na noite dessa segunda-feira (6). A paralisação, que ocorria desde o dia 2 de junho por atrasos de salários, foi encerrada nesta terça (7) e os ônibus das empresas voltaram a circular.

O grupo integra o serviço de transporte público da Grande Aracaju. Durante a greve, 126 ônibus de 37 linhas ficaram parados.
A Justiça entendeu que o impedimento tem prejudicado a oferta para a população, e aplicou uma multa de R$ 1 mil ao dia a quem tentar impedir a volta dos veículos para as ruas. A determinação permite também uso da força policial se necessário.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp) disse, em nota, que durante a manhã da segunda, “as empresas do Grupo tentaram operar com colaboradores que aceitaram as negociações propostas, mas 15 manifestantes bloquearam a saída dos veículos da garagem”.
Intervenção judicial
Na manhã dessa segunda-feira, o Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) ajuizou, uma ação civil pública contra o Grupo pedindo intervenção judicial nas empresas que integram o grupo econômico por, pelo menos, 12 meses, além da indisponibilidade e o bloqueio de todos os bens móveis e imóveis, veículos e ativos depositados junto a instituições financeiras, bem como o bloqueio dos créditos das empresas junto à operadora da bilhetagem eletrônica de vale-transporte para que possam ser utilizados para o cumprimento das obrigações trabalhistas.
A ação se estende à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro.
Através de nota, o Grupo Progresso informou que não tem conhecimento da ação do Ministério Público do Trabalho contra a empresa.
Fonte: G1 SE