Aracaju: rodoviários protestam na sede da Prefeitura após demissões
Aracaju: rodoviários protestam na sede da Prefeitura após demissões (Foto: enviada por manifestante)

Um grupo de aproximamente 100 rodoviários se reuniram em protesto no final da manhã desta quinta-feira, 18, na sede da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). Segundo os manifestantes, o objetivo é cobrar a administração do município atitudes que possam reverter o cenário de desemprego de muitos trabalhadores após uma forte onda de demissões que acabou desligando mais de 250 funcionários de algumas empresas responsáveis pelo transporte coletivo na capital.

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“Infelizmente estamos numa situação muito delicada. Ficamos desempregados e sem qualquer amparo do poder público”, lamenta Marcos Santos, um dos manifestantes. O rodoviário diz que as demissões ocorreram há mais de uma semana e que até o momento a categoria não teve nenhum auxílio do governo.

“Chegamos aqui na sede da Prefeitura e seguimos o que manda a burocracia para ser atendimento pelo prefeito. Protocolamos tudo. Mas ele sequer teve a sensibilidade de anteder a gente”, lamenta Marcos. “São muitos pais de família desempregados. A situação é preocupante”, destaca.

Na visão de Marcos, como o transporte municipal é uma concessão pública, a administração do município poderia intervir nas demissões, buscando algum acordo com as empresas, para preservar os empregos. “Mas infelizmente não conseguimos nada. Isso só aumenta nossa revolta”, salienta.

PMA

Procurada, a Prefeitura de Aracaju não quis se manifestar.

Setransp 

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) informou que está acompanhando as dificuldades das empresas de transporte público coletivo de Aracaju e tem levado ao conhecimento das autoridades públicas sobre a necessidade de ações que garantam a sustentabilidade do setor.

“Infelizmente, têm sido frequentes os entraves para pagamento de salários, que é o maior custo entre as despesas para prestação do serviço, e isso tem preocupado todas as empresas do transporte, que presenciaram outras mais de 160, também do setor, fechando as portas pelo país durante a pandemia. Principalmente, diante do aumento do preço do combustível, segundo maior insumo do transporte, que já subiu só este ano quase 60%”, argumenta a entidade.

Ainda de acordo com a nota, “o Setransp lamenta que o transporte que é um serviço essencial e um direito social esteja enfrentando essa situação e reforça a importância de medidas reparatórias, como a isenção de impostos e taxas, o subsídio para as gratuidades e aporte extra tarifário”, finaliza.

por João Paulo Schneider Infonet