Um homem de 22 anos foi preso na manhã desta segunda-feira (17) em Santa Maria, no Distrito Federal, suspeito de divulgar imagens dos corpos de artistas mortos no Twitter, entre eles o da cantora Marília Mendonça. Ela morreu aos 26 anos em um acidente de avião em Piedade de Caratinga (MG), em 5 de novembro de 2021.
O suspeito também teria publicado fotos dos cantores Gabriel Diniz e Cristiano Araújo. As imagens, obtidas de forma ilegal, foram registradas nos institutos de medicina legal em que os corpos foram periciados. O homem pode responder por vilipêndio de cadáver, que tem pena prevista de até 3 anos de prisão.
A Polícia Civil do DF prendeu o suspeito na Operação Fenrir. Fenrir é a divindade da mitologia nórdica relacionada ao fim do mundo. “A operação teve como objetivo reprimir administradores de contas de redes sociais que divulgavam fotos de celebridades após a morte. Hoje foi cumprido mandado de busca e o autor foi preso por vilipêndio de cadáver. Ele confessou a prática do crime e se encontra à disposição da Justiça”, informou o delegado da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos Eduardo Fabbro.
De acordo com o advogado da família de Marília Mendonça, Robson Cunha, “a prisão ocorrida foi em função da prática de armazenamento e divulgação das fotos da necropsia da Marília Mendonça, prática que muitos cidadãos estão cometendo, mas não se trata do responsável pela captação inicial dos arquivos sigilosos da Polícia Civil de MG, que ainda está sendo objeto de investigação do estado de MG”.
O profissional aproveita para alertar quem está compartilhando as imagens. “Isso é crime e a polícia está investigando essas práticas”, afirma.
Fotos da necropsia do corpo da cantora sertaneja, morta em novembro de 2021, começaram a ganhar destaque em redes sociais na última quinta-feira (13). O advogado da família de Marília Mendonça anunciou que vai “tomar as devidas medidas para punir os responsáveis” e pediu aos internautas que parem de compartilhar as imagens.
No mesmo dia, a Polícia Civil abriu um procedimento administrativo para investigar o vazamento e anunciou que o sistema de armazenamento dos dados de investigações é capaz de identificar as pessoas que acessam as informações.