Todo e qualquer contato feito entre pilotos de aeronaves e a torre de comando é gravado, procedimento que colabora para que peritos possam esclarecer as causas de um acidente aéreo, como o que levou à morte o piloto Adriano Leon, de 32 anos. A queda do avião monomotor que ele pilotava aconteceu na Zona Sul de Aracaju, na quinta-feira da semana passada, dia 6.
O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) e a Polícia Federal seguem investigando o caso. O áudio da gravação ainda não foi divulgado.
O Seripa já informou que o piloto Adriano fez contato com a torre até o último momento. Segundo o comandante do Grupamento Tático Aéreo de Sergipe, coronel Fernando Goes, o piloto, logo depois da decolagem, usou a expressão “may day”, um pedido de socorro utilizado na aviação, logo depois informou que tentaria voltar ao aeroporto de Aracaju. Já manifestando desespero, Adriano comunicou que estava caindo e chamou por Deus e em seguida o contato foi perdido.
Essas informações dos últimos instantes do voo serão fundamentais para conclusão das investigações. Um dia após o acidente, as primeiras análises nos destroços da aeronave já começaram a ser feitas. O material está em um hangar no aeroclube de Aracaju.
Entenda o caso
Era por volta das 11h40 do dia 6 de maio de 2021, uma quinta-feira, quando uma aeronave modelo RAV-10 caiu em um manguezal no bairro Atalaia, na Zona Sul de Aracaju. A bordo estava apenas o piloto Adriano Leon, de 32 anos. Naquele mesmo dia, ele havia saído do município de Unaí, em Minas Gerais, para trazer a Aracaju o empresário André Araújo.
Ao pousar na capital, André desembarcou, a aeronave foi abastecida enquanto Adriano se preparava para voltar para Unaí logo depois. A aeronave caiu minutos depois da decolagem.
Com o impacto provocado pela queda, o monomotor ficou soterrado e afundou cerca de três metros no mangue. As buscas pelo piloto começaram logo depois do acidente, mas o trabalho das equipes de resgate durou cerca de 100 horas, com mais de 50 pessoas envolvidas.
Um braço do piloto foi encontrado na sexta-feira, 7, e o restante do corpo no domingo, dia 9. Natural de Belo Horizonte (MG), Adriano era instrutor de voo e piloto particular. Ele estava morando em Unaí há cerca de um mês.
Por Fan F1